Alimentos e tecnociência
Tanto a qualidade dos alimentos, como também a sua quantidade, foram apuradas – e depuradas – com os avanços na agricultura e pecuária: as técnicas de fertilização do solo e do controlo das pragas e, mais recentemente, a modificação genética dos animais e plantas de cultura conduziram a um maior rendimento na sua produção.
A par a preparação dos alimentos passou por desenvolvimentos tecnológicos modificando-se, gradualmente, os utensílios e as técnicas de culinária dos alimentos.
O progresso técnico-científico originou uma nova dinâmica alimentar sem precedentes – as fontes de alimento tornaram-se cada vez mais dependentes da agricultura industrial e da aquicultura e das instalações industriais de produção de animais, técnicas que apontam para maximizar a quantidade de alimentos produzida por um lado e, por outro lado, minimizar o custo. Máquinas e sistemas variados (debulhadora, semeadora automática, tractores, sistemas de rega e drenagem, etc.) são a realidade dos tempos e a introdução dos fertilizantes e dos pesticidas permitiu que o rendimento aumentasse exponencialmente.
Mudança nos hábitos
Novos hábitos e novas exigências e possibilidades oferecidas pelas tecnologias são o reflexo da evolução das sociedades: as refeições são também oferecidas pré-preparadas para o consumo imediato nos restaurantes e quejandos. Com efeito as empresas alimentares e afins têm, constantemente, de conseguir gerar resoluções a diversos desafios para permanecerem no mercado e darem resposta às questões envolvidas na constante evolução da necessidade de comer: os alimentos são fonte de vida.
Cientistas e tecnólogos juntos
Alcançar ferramentas que lhes permitam, a cientistas e tecnólogos, entender as situações e dar-lhes resposta à luz dos conhecimentos e competências que possuem é o desafio. Os tecnólogos alimentares são especialistas essenciais na produção de alimentos seguros e de elevada qualidade, de forma organizada e planeada, dentro de determinados pressupostos económicos e éticos pois detêm um conhecimento profundo das matérias-primas, do seu manuseamento, do seu processamento, do seu controlo e do desenvolvimento de novos produtos, oferecendo ao consumidor alimentos seguros, convenientes e saudáveis.
O agronegócio
Preocupação constante do agronegócio é a adaptação e reestruturação da cadeia produtiva, por forma a transformar o produto in natura em produto industrializado – conferindo-lhe mais durabilidade e valor de mercado e, também, dispensando a participação de intermediários em sua comercialização.
Segurança e Qualidade no meio da ciência e da tecnologia: sempre
Segurança e qualidade, sempre no centro dos debates técnico-científicos, captam a atenção naquilo que é a competitividade, o mercado, a logística, a água e a energia. Neste âmbito, assumem especial relevo as boas práticas de fabrico bem como a monitorização e vigilância do sistema alimentar até ao nível do consumidor. A cadeia da produção e distribuição da carne, por exemplo, ainda é frágil quanto à prevenção de problemas sanitários e há ainda muito o que fazer. Um outro aspecto que interessa imenso aos agentes do agronegócio é o facto do consumidor ainda não poder obter uma refeição completa e diversificada na área de frutas e produtos vegetais industrializados.
É é por isso que…
Parcerias entre o sector produtivo e a investigação, além de optimizar os recursos, ampliam as possibilidades de solução dos problemas e abrem caminho para novos produtos de acordo com a tendência de consumo e a melhoria de processos – e o desenvolvimento dos produtos transgénicos recai nesta grande finalidade. Este tema polémico está no centro de importantes debates que aguardam decisões no reino dos alimentos e do comércio.